Depois de um interregno de três anos, motivado pela pandemia, está de regresso o fórum que tem por objetivos informar e formar os autarcas social democratas (ASD). Neste primeiro dia de trabalhos, que está a decorrer na Foz do Arelho, Caldas da Rainha, a sessão de abertura juntou o Secretário-Geral do PSD, Hugo Soares, o Presidente dos ASD, Hélder Sousa Silva, o Presidente da Distrital de Leiria, Hugo Oliveira, e o Presidente da Secção de Caldas da Rainha, Daniel Rebelo.

Funcionando em regime de internato, a Academia integra sessões temáticas, de natureza mais técnica, abordando as diversas temáticas habilitantes ao exercício de funções autárquicas, assim como sessões-conferência, com uma natureza mais prospetiva, contando com a participação de oradores que se têm destacado como precursores na antecipação dos desafios do presente e do futuro.

Na sessão de abertura, o Secretário-Geral do PSD, Hugo Soares, sublinhou que “o trabalho dos ASD é um exemplo do dinamismo que as estruturas autónomas têm introduzido no Partido”. Cumprimentou todos os participantes na Academia, que representam mais de 13 mil autarcas espalhados por Portugal Continental e pelas Ilhas, que são o braço-armado do PSD no terreno. “Ser autarca não é ter cadastro, é ter currículo. Por isso, quero enaltecer o profundo respeito que o PSD tem pelos autarcas e quero deixar uma palavra de estímulo: queremos ser o Partido com mais representatividade no Poder Local”.

O Presidente dos ASD, Hélder Sousa Silva, registou o elevado interesse suscitado por esta Academia, com lotação esgotada, pelo que anunciou que está programada uma nova edição da iniciativa. “O edifício da social-democracia constrói-se a partir da base, que são os autarcas”, sublinhou.

A primeira sessão-conferência foi protagonizada por António Leitão Amaro, Vice-Presidente da Comissão Política Nacional do PSD e Docente de Finanças Públicas, sobre o tema “Orçamento do Estado – O que esperar?”. Declarou que, no geral, “o Orçamento de Estado é mau”, com maior carga fiscal e piores serviços públicos, num momento especialmente difícil para os portugueses, caracterizado pelo aumento do custo de vida. Acrescentou que o Orçamento tem uma ideia vaga de descentralização, com pouco dinheiro, e que, quanto à coesão territorial, também é muito fraco, “com um esquecimento gritante dos territórios de fraca densidade”.